terça-feira, abril 30, 2013


 

A GRAÇA


(Transcrito do livro maravilhosa graça – YANCEY, Philip – Vida)

Cresci com a imagem de um Deus matemático que pesava os meus atos bons e maus em um conjunto de balanças e sempre me considerava em falta. Não sei como me esqueci do Deus dos evangelhos, um Deus de misericórdia e generosidade que continua encontrando maneiras de despedaçar as leis implacáveis da não-graça. Deus rasga as tabuadas e apresenta a nova matemática da graça, a palavra mais surpreendente, mais assustadora, mais inesperada da nossa língua.

A graça surge de tantas formas diferentes que tenho dificuldade em defini-la. Estou pronto, contudo, a tentar alma coisa como uma definição da graça divina. Graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais – nenhuma quantidade de renúncia, nenhuma quantidade de conhecimento recebido em seminários e faculdades de teologia, nenhuma quantidade de cruzadas em benefício de causas justas. E a graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos – nenhuma quantidade de racismo ou orgulho, pornografia ou adultério, ou até mesmo homicídio. A graça significa que Deus já nos ama tanto quanto é possível um Deus infinito nos amar.

Há uma cura simples para pessoas que dividam do amor de Deus e questionam a graça divina: voltar para a Bíblia e examinar o tipo de pessoas que Deus ama. Jacó, que se atreveu a se envolver em uma luta física com Deus e mesmo depois que fora ferido nessa luta tornou-se o epónimo do povo de Deis, os filhos de Israel. A Bíblia fala de um homicida e um adúltero que ganhou reputação como o maior rei do Antigo Testamento, um “homem segundo o coração de Deus”. E de uma igreja dirigida por um discípulo que praguejou e jurou que não conhecia Jesus. E de um missionário sendo recrutado das fileiras dos torturadores de cristãos. Eu recebo correspondência da Amnistia Internacional e, quando examino as fotos de homens e mulheres que foram espancados, pisoteados, espetados, cuspidos e eletrocutados, pergunto a mim mesmo: “Que espécie de ser humano poderia fazer isso a outro ser humano?” Então, leio o livro de Atos e encontro o tipo de pessoa que poderia fazer uma coisa dessas – agora um apóstolo da graça, um servo de Jesus Cristo, o maior missionário da história. Se Deus pode amar esse tipo de pessoa, talvez, apenas talvez, Ele também possa amar pessoas como eu.

Não posso moderar minha definição de graça porque a Bíblia me força a torna-la o mais abrangente possível. Deus é “o Deus de toda a graça”, nas palavras do apóstolo Pedro. E graça significa que não há nada que eu possa fazer para Deus me amar mais, e nada que eu possa fazer para Deus me amar menos, Significa que eu, até mesmo eu que mereço o contrário, sou convidado a tomar o meu lugar à mesa da família de Deus.

P.S. Amemos, pois, esse maravilhoso Deus de graça e de misericórdia!

MARANATA!

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