segunda-feira, dezembro 08, 2008

NÃO Á RELIGIOSIDADE!
“... OS PUBLICANOS E AS PROSTITUTAS ESTÃO ENTRANDO ANTES DE VOCÊS NO REINO DE DEUS.” ( Mateus 21.31).
Qual é a sua religião, perguntam-se muitas vezes, ao que lhes respondo: Não tenho religião. Sigo a Jesus.
Chego até a concordar com aquele ateu que falou certa vez: a religião é o ópio do povo.
O Senhor Jesus nunca falou (pelo menos eu nunca li) que veio ao mundo para implantar ou pregar algum tipo de religião, mas segundo o apóstolo Paulo:
“... CRISTO JESUS VEIO AO MUNDO PARA SALVAR OS PECADORES...” ( 1 Timóteo 1.15).
E como Ele mesmo disse:
“... O FILHO DO HOMEM VEIO BUSCAR E SALVAR O QUE SE HAVIA PERDIDO.” ( Lucas 19.10).
Enquanto o Senhor Jesus esteve nesta terra como homem, aqueles que representavam a religião dos judeus foram os maiores inimigos que Ele teve. Os tais eram demasiadamente “santos” para aproximarem-se do Rabi da Galiléia, de alguém que comia com gentios, que escolhera para segui-lo a ralé da Galiléia. Pelo contrário, tentaram afastar o povo de ir após o Senhor Jesus.
Jesus era a manifestação da graça de Deus! E tal dimensão do amor de Deus não poderia e nem pode ser entendida pelos religiosos nem daquela época e nem dos nossos dias.
Como entender o evangelho, as boas novas, que nos dá condição de sermos feitos filhos de Deus apenas por crê no Senhor Jesus e confessá-lO como Salvador e Senhor das nossas vidas?
Parece ser simples demais para um fariseu que tinha que viver lutando com todas as suas forças para cumprir a lei de Moisés e, uma vez observando os mandamentos exteriormente, poder apontar com crítica e acusação os demais homens pecadores.
Não está sendo diferente em nosso tempo. Há muitos que são da religião evangélica em nossos dias, que se colocam em um pedestal de santidade tão grande que desprezam outros porque não estão vivendo como os tais querem que vivam. Já temos até um perfil para que alguém seja aceito neste ou naquele lugar. Se você não fizer o perfil traçados pelos homens deverá ser mantido à distância, não pode se envolver com a congregação.
Temo por este tipo de atitude. Vemos como a religiosidade tem penetrado em nossos templos ou casas de oração e estamos muito mais preocupados com a manifestação da nossa auto-justiça, ou justiça própria do que viver a maravilhosa graça de Deus.
A situação é tão séria que muitos evangélicos sentem necessidade de proclamar as suas boas obras diante dos homens, coisas tais como: leio a Bíblia assim e assim; tenho tantas horas de oração diariamente; jejuo vinte e quatro horas uma vez por semana; não perco um só trabalho na igreja; só dizimista fiel; faço isso, faço aquilo; vivo a trabalhar tanto na obra de Deus que não tenho tempo nem para descansar. Outros vivem a trabalhar só para o Senhor, quando a Palavra diz que o trabalho só não será vão se for “no Senhor”, e trabalhar no Senhor é bem diferente de trabalhar para o Senhor.
Jesus verberou fortemente contra a hipocrisia dos religiosos, dos fariseus! E fez a afirmação do trecho acima “publicanos e prostitutas entrarão antes de vós...” Que paradoxo!
Na nossa ótica religiosa os “mais santos” exteriormente, diante dos homens, é que devem entrar primeiro no reino de Deus. Mas a ótica divina é diferente, aleluia! Aqueles que não se jactam das suas obras, não têm um currículo de supra-sumo de santidade, não têm nada para apresentar a Deus como boas obras, estes sim, aceitam de bom grado a maravilhosa graça do Senhor Jesus! Eles reconhecem que se depender de seus méritos jamais entrarão no reino de Deus e se entregam incondicionalmente ao amor imensurável de Deus manifestado em sua graça, glória a Deus!
A religiosidade faz com que pessoas se achem tão “santas” a ponto de rejeitar pecadores arrependidos de sua vida antes de conhecer a graça de Deus. A coisa chega a tal ponto de chamar, por exemplo, um ex- homossexual convertido ao Senhor Jesus, buscando a Deus com arrependimento, e propor para ele procurar um outro rebanho. O que isto quer dizer? Que aquele grupo é mais santo do que Deus que recebe de braços abertos todos quantos arrependidos dos seus pecados convertem-se ao Senhor.
Jesus não desprezou Zaqueu, pelo contrário, foi pousar em sua casa.
Jesus não abominou a mulher adúltera, mas perdoou-a.
Jesus não enxotou a mulher pecadora na casa de Simão, mas amou-a e alcançou-a com o seu perdão.
Jesus não excluiu Mateus por ser um publicano rejeitado pelo seu povo, antes o convidou para ser um dos seus discípulos.
Jesus não recusou libertar Madalena, mas expulsou dela sete demônios.
Jesus marcou um encontro com a samaritana afim de que ela pudesse beber da água que Ele lhe daria!
A religiosidade leva os crentes a acusarem uns aos outros, apontarem os pecados uns dos outros, criticarem uns aos outros, afinal o outro não tem o mesmo padrão de santidade que alguns têm. A religiosidade não leva ninguém a se comparar com Jesus, porque uma vez nos medindo com Cristo só assim enxergaremos o quanto somos imperfeitos, falhos, miseráveis e carentes da graça e da misericórdia de Deus.
A igreja de Corinto que muitos citam-na como exemplo de igreja que nenhum dom lhes falta (isso não é novidade, pois em toda Igreja do Senhor Jesus nenhum dom falta, visto que o Espírito Santo está nela), era uma igreja onde havia alguns ex (ex-imorais, ex-idólatras, ex-adúlteros, ex-efeminados, ex-sodomitas, ex-ladrões, ex-avarentos, ex-alcoólatras, ex-caluniadores, ex-trapaceiros). ( 1 Coríntios 6.9 e 10). Para todos estes a graça foi o remédio eficaz! Eles foram alcançados por ela. Com toda certeza a religião não os aceitaria mas a graça os recebeu como bem-vindos ao reino de Deus!
Amados, reconheçamos que se não for a graça e a misericórdia de Deus ninguém, mas ninguém mesmo chegará á casa do Pai. Imagino como vai ser lindo ver no meio dos redimidos todos quantos se reconheciam miseráveis pecadores e foram alcançados unicamente pela graça, sem apresentar justiça própria alguma. Mas deverá ser triste para os religiosos que não mudarem o seu modo de viver, e procurarem somar à graça a sua auto-justiça ficarem de fora do reino, pois como está escrito, a salvação não vem das obras (Efésios 2.8).
Devemos buscar uma vida de santificação sim, mas nunca usar isto como pretexto para discriminar outros, ou como ostentação de santidade própria. Se agirmos como fariseus, vivemos em religiosidade que é uma das diferentes manifestações de orgulho. No reino só há lugar para os humildes, soberbos jamais chegarão ao céu se não se arrependerem.
Não à religiosidade! Desfrutemos da maravilhosa graça do Senhor Jesus que se manifestou trazendo salvação e ensinando a renunciar as paixões mundanas.
Aniversariantes PARABÉNS! Ageu 2.8

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